Nos últimos anos, os ataques cibernéticos deixaram de ser exceção e passaram a representar uma ameaça diária para empresas brasileiras, especialmente as que operam 24 horas por dia em setores críticos como indústria, logística e serviços. O impacto de uma invasão vai muito além da paralisação temporária: envolve perdas financeiras, danos reputacionais e, em muitos casos, riscos de sanções legais.
Quanto custa uma invasão de dados?
Segundo o relatório IBM/Ponemon de 2025, o custo médio de uma violação de dados no Brasil atingiu R$ 7,19 milhões por incidente. Esse valor inclui não apenas gastos imediatos, mas também os efeitos indiretos que podem se arrastar por anos. Em setores de maior sensibilidade, como saúde e finanças, os custos são ainda mais altos: uma violação em empresas de saúde no Brasil custa, em média, R$ 11,43 milhões.
Esses custos se dividem em duas categorias:
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- Custos diretos: contratação de equipes de resposta, reparo de sistemas, indenizações, multas, notificações legais e comunicação com clientes e reguladores.
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- Custos indiretos: perda de negócios devido à interrupção, queda de produtividade, evasão de clientes, aumento de despesas para reconquistar confiança e desvalorização de marca.
Estudos apontam que cerca de 40% dos prejuízos de uma invasão derivam da perda de negócios, ou seja, das receitas que deixam de ser geradas durante o período de indisponibilidade.
Exemplos reais no Brasil
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- A Americanas sofreu um ataque em 2022 que deixou seu e-commerce fora do ar, gerando uma perda estimada em R$ 1 bilhão em vendas.
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- O Grupo Fleury, em 2021, teve sistemas sequestrados e dados de pacientes comprometidos. O incidente resultou em custos equivalentes a cerca de 3% da receita líquida trimestral.
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- A Embraer, em 2020, enfrentou vazamento de informações confidenciais após recusar o pagamento de resgate, reforçando o impacto reputacional de uma violação.
Esses casos demonstram que nenhuma operação está imune. Do varejo digital à indústria aeronáutica, o impacto financeiro e a exposição de dados podem comprometer seriamente a continuidade do negócio.
LGPD e sanções regulatórias
Com a entrada em vigor da LGPD, empresas que não adotam medidas adequadas de proteção ficam sujeitas a sanções administrativas que incluem:
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- Advertências;
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- Multas de até 2% do faturamento bruto (limitadas a R$ 50 milhões por infração);
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- Publicização da infração, o que amplia o dano reputacional.
Além das multas, a falta de preparo pode levar à perda de clientes e processos judiciais. Ou seja, a negligência em segurança da informação custa muito mais caro do que investir em prevenção.
Prevenção: o investimento que reduz custos
Empresas que adotam práticas robustas de cibersegurança conseguem reduzir significativamente os custos de uma violação. Estudos mostram que organizações que aplicam inteligência artificial e automação em segurança gastam até 26% menos em incidentes.
Investimentos em backup, monitoramento contínuo, autenticação multifator e planos de resposta a incidentes são fundamentais para manter a operação ativa e reduzir prejuízos.
Conclusão
O custo médio de uma invasão de dados no Brasil não pode ser ignorado: R$ 7,19 milhões por incidente, podendo ultrapassar os R$ 10 milhões em setores críticos. Mas a boa notícia é que esses valores podem ser evitados ou reduzidos com estratégias de segurança e compliance bem implementadas.
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