Como a nuvem está impulsionando a indústria no Brasil

Quando pensamos em indústria logo pensamos em grandes fábricas, máquinas enormes, investimentos exorbitantes, mas não é bem assim. Realmente, existem as grandes indústrias, porém, no Brasil, as indústrias que prevalecem são as de pequeno e médio portes, segundo dados do SEBRAE (https://datasebrae.com.br/totaldeempresas/) atualizados até 11/05/2020, respondendo por um percentual superior a 80% de toda a indústria nacional. E são justamente essas pequenas e médias indústrias que mais tem se beneficiado com a adoção da indústria 4.0.

Dois homen

Vamos por partes, como chegamos na indústria 4.0?

A primeira revolução industrial ocorreu no século XVIII (1760 – 1840) com o surgimento das máquinas a vapor. A segunda revolução (1850 – 1945) ocorreu com a chegada da energia elétrica e as linhas de produção (lembra do Charlie Chaplin?). A terceira revolução (1950 – 2010) foi a tecnológica com a utilização dos computadores, processamento de informações mais rapidamente e mudança de processos operacionais, e eis que chegamos a quarta revolução (2012) ou comumente chamada, Industria 4.0.

O que caracteriza a indústria 4.0?

Por ser um tema relativamente novo, discutido a primeira vez na Alemanha em 2012, algumas características ainda estão em discussão, mas vamos para as que já estão consolidadas e reconhecidas pelo mercado, de forma geral, como os pilares da Industria 4.0.

A primeira é a cloud computing ou computação em nuvem, seguida por Big Data, Segurança Cibernética, IOT (Internet das coisas) e mobilidade. Vamos falar um pouco mais sobre cada um e como estão interligados, potencializando as indústrias brasileiras.

Big Data, ou grande massa de dados, são as informações geradas pelos PLCs (Controlador lógico programável), máquinas automatizadas (Ex. Geradores, esteiras, caldeiras…), IOT, sistemas e todas as demais fontes geradoras de informações. Todos ou uma grande parte desses dados já estão dentro das indústrias brasileiras, porém boa parte deles é desperdiçado, pois não há o devido tratamento desses dados para transformá-los em informações precisas para tomadas de decisão, a saber: programação de manutenções preditivas, capacidade ociosa real, relação custo x produção de forma detalhada. E por que esses dados tão precisos são desperdiçados?

Montar uma infraestrutura tecnológica, um data center, com a segurança necessária e a capacidade adequada de processamento e armazenamento tem um custo realmente elevado, além de toda a mão de obra capacitada para operacionalizá-lo, fato este inviabiliza as pequenas e médias indústrias a se modernizarem. É a partir desse ponto que a computação em nuvem surge como um fator democratizador da tecnologia e um potencializador estratégico para as essas indústrias, uma vez que ela já oferece todos esses componentes (processamento, armazenamento e segurança) sob demanda, cabendo a indústria contratar e pagar apenas pelo que consome, viabilizando assim a adoção de tecnologias como big data e tornando seu negócio mais estratégico, eficiente, rentável e sólido.

A segurança cibernética é um tema que por mais que seja discutido nunca terá fim, pois dia após dia novas ameaças surgem e as regulamentações ficam cada vez mais rígidas, a exemplo, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que segue na mesma linha da GPRD (equivalente a LGPD só que europeia). Junto as novas ameaças, surgiram grupos criminosos especializados em ataques cibernéticos altamente especializados com objetivo de roubar informações ou simplesmente causar prejuízos. Agora imagine um hacker invadir a rede de uma indústria e criptografar seu banco de dados e as informações da empresa, isso poderia causar prejuízos de milhares ou milhões de reais, tanto pelo tempo parado, quanto pela perda de informações ou ainda pelo vazamento de informações. Portanto a maior segurança é a prevenção!

Quando pensamos em segurança para proteger toda a massa de dados gerada (Big Data), as diversas plataformas/sistemas que se integram e tratam esses dados e os meios como essas informações são acessadas (portais, mobile…), conseguimos ver a amplitude de atuação da segurança cibernética e consequentemente o custo de prover e operar toda essa infraestrutura “dentro de casa” (on-premese). Nessa etapa, as empresas entram em um dilema; ou temos informações ou temos segurança, os dois não dá (devido aos custos envolvidos)! Mas escolher entre informação ou segurança, não é uma opção!

Para essa situação, a cloud computing entra como uma solução decisiva, visto que provedores como AWS (Amazon Web Services), por regra, já possuem uma infraestrutura robusta de segurança e disponibilizam isso para seus clientes, pulando assim diversas etapas que teriam que ser construídas internamente na empresa, além de disponibilizar ferramentas de proteção contra invasão, controle de acesso, monitoramento, backup, restauração, dentre várias outras que para serem construídas e/ou implantadas internamente nas empresas exigiriam tempo e investimentos significativos.

IOT, ou internet das coisas, é cada vez mais comum no dia a dia das indústrias, atualmente. Quase todas as máquinas vem com algum tipo de interface para monitoramento ou mesmo gerenciamento remoto, o que torna exponencial o volume de dados que são gerados por milissegundos (isso mesmo, milissegundos). E os dados são preciosos e devem ser utilizados para tomada de decisões mais assertivas, aqui retornamos ao ciclo. Esses equipamentos/coisas geram dados, que precisam ser armazenados, processados para se transformar em informação, protegidos e disponibilizados de forma simples, rápida e acessível.

Mobilidade. Em um tempo onde as decisões precisam ser tomadas cada vez mais rápidas faz-se, quase que obrigatório, ter acesso a informações consolidadas a qualquer hora e em qualquer lugar, não havendo mais justificativas para as informações ficarem “presas” somente ao ambiente interno da empresa.

Vemos uma crescente contínua da utilização de dispositivos móveis dentro e fora das empresas e esse ritmo de crescimento não tende a diminuir, pelo contrário, só tende a crescer. Daí o surgimento de tantas integrações e desenvolvimento de sistemas APPs. Ter informações precisas ao alcance das mãos deixou de ser um luxo para ser uma necessidade!

Como muitas pesquisas já apontavam desde 2006 com o surgimento da nuvem e hoje estão comprovadas, a utilização da nuvem é um fator estratégico decisivo, e as pequenas e médias indústrias brasileiras já entenderam que esse é o caminho para elas tornarem competitivas e rentáveis.

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